Instalação elétrica: confira 7 maneiras de evitar
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Instalação elétrica: confira
7 maneiras de evitar acidentes eMail554Share Choques, curtos-circuitos e até
incêndios: em maior ou menor gravidade, o descuido com a instalação
elétrica de uma edificação pode submeter os usuários a sérios riscos de
acidentes. Um estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) verificou que, entre janeiro de 2016 e
março de 2017, ocorreram 782 mortes em decorrência de problemas com
instalações elétricas — desse total, 286 foram em acidentes domésticos. Ainda de acordo com o levantamento, das 999
residências avaliadas, 45% não contavam com um projeto elétrico, 35% ainda
usam o padrão antigo de tomadas e 46% nunca reformaram as instalações
elétricas da casa. Os dados denunciam o descaso predominante com
questões de segurança de instalações elétricas no país. Por isso, aprenda
agora mesmo 7 dicas para evitar acidentes com eletricidade! 1. Inclua
dispositivos de qualidade na instalação Não basta apenas organizar e separar os circuitos
no projeto. Durante a execução da obra e a compra dos materiais, fique atento
ao cumprimento das especificações de disjuntores, tomadas e fios compatíveis
com a corrente elétrica recebida pela distribuidora. Esse aspecto é importante tanto para reformas de
imóveis antigos quanto para as novas construções por vários motivos. O
primeiro deles é que o novo padrão brasileiro de tomadas, oferece muito mais
segurança aos usuários, uma vez que conta com aterramento e dificulta a
ocorrência de choques — afinal, os fios elétricos são conectados a uma maior
profundidade dentro da tomada, impedindo que sejam alcançados por dedos. Outro ponto é que a maioria dos eletroeletrônicos
fabricados atualmente já contam com o novo padrão de tomadas. Portanto, essa
troca evita aos usuários a necessidade de usar adaptadores, benjamins ou
utensílios semelhantes. Além disso, um bom quadro de disjuntores é muito
importante, tanto para proteger a casa e seus equipamentos — uma vez que
automaticamente “disparam”, caso ocorra um pico de energia — quanto para
facilitar manutenção e reparos — já que permitem que a energia dos circuitos
seja desligada, evitando acidentes durante os serviços. 2.
Desligue a energia para realizar reparos Caso precise realizar algum reparo menor, como
trocar uma lâmpada ou instalar uma luminária, instrua o usuário a desligar a
energia antes no quadro de disjuntores. Assim, não vai ter corrente elétrica
passando e o contato direto com a fiação e desta com instrumentos
metálicos auxiliares não vai mais oferecer risco de choque enquanto
o procedimento é realizado. Só depois de completa a instalação é aconselhável
ligar de novo o disjuntor para testar o funcionamento do equipamento. Caso
ocorra algum mau funcionamento, desligue novamente a energia daquela área da
casa antes de voltar a manusear os fios. 3. Evite
muitos equipamentos em uma só tomada Em todos os projetos
de instalações elétricas, cada tomada tem uma carga elétrica máxima
admissível. O uso de réguas ou benjamins — também conhecidos como “T” — não
pode exceder essa carga. Até porque, de maneira geral, esses recursos são
para uso temporário, e caso uma instalação conte com muitos aparelhos, o
melhor é aumentar o número de tomadas disponíveis. Caso ocorra, a sobrecarga pode causar superaquecimento da fiação,
chegando a um curto circuito que fará o disjuntor disparar ou, em situações
mais graves, começar um incêndio. O uso de extensões de tomada
embutidas em mobiliário também deve ser evitado — porém, quando
indispensáveis, o cuidado deve ser para não forçar a tomada, sob risco de
curtos e combustão. Lembre-se de comprar réguas, extensões e benjamins
que cumpram as determinações das normas de segurança vigentes e de que esses
componentes também contam com uma carga máxima permitida. Antes de usar,
confira se estão em boas condições — afinal, um trecho de fio desprotegido,
por menor que seja, ainda pode causar choques elétricos. 4. Realize
a manutenção periódica da fiação A maior parte dos componentes da instalação
elétrica de qualquer edifício não fica à mostra. Por isso, é difícil
determinar exatamente quando algum item precisa ser trocado, pois está na
iminência de causar algum acidente. Dessa maneira, é aconselhável verificar o estado da
fiação, do quadro de força, das tomadas, dos interruptores e
outros componentes pelo menos uma vez ao ano e realizar uma manutenção preventiva mais completa a cada cinco anos —
ou dez, no máximo. Acima disso, torna-se cada vez mais provável a ocorrência
de algum problema. Se você está se mudando para uma edificação antiga,
cujos padrões de quadro elétrico e de tomadas sejam obsoletos, dê prioridade
à troca e adequação do sistema por versões mais modernas e de qualidade. Além disso, é de extrema importância evitar
instalações provisórias e manter os fios devidamente encapados, afinal,
qualquer exposição significa chance de choque. No caso da presença de crianças pequenas em casa, o mais indicado é colocar
tampas para proteger as tomadas e evitar que os pequenos se acidentem. 5.
Verifique a voltagem de cada equipamento Um erro recorrente é confundir a voltagem das
tomadas. Como isso depende da corrente elétrica padrão de cada cidade, é
importante conhecer essa informação antes de instalar os aparelhos eletroeletrônicos.
Isso porque uma voltagem abaixo do exigido faz com que o
equipamento não funcione de maneira satisfatória, enquanto a excessiva pode
causar sobrecarga e danos permanentes. Durante a elaboração do projeto, respeite a altura
padrão para cada tipo de tomada, as necessidades de cada usuário e a função
dos ambientes, de modo a garantir segurança, comodidade e total sucesso à
proposta. Caso os aparelhos sejam incompatíveis com a
corrente que circula pelo espaço, é mais adequado trocá-los. Nunca recomende
a alteração das características originais de um equipamento, uma vez que
interferências desse tipo podem causar graves acidentes durante o uso. 6.
Mantenha eletricidade e água distantes A água é conhecida por ser uma excelente condutora
de eletricidade, e é por isso que essa combinação pode causar verdadeiras
catástrofes. Desse modo, proteja seu cliente localizando as tomadas o mais
distante possível dos pontos hidráulicos. Prefira as paredes livres de pias,
tanques, saídas de água, chuveiros etc. Mesmo os eletrodomésticos que funcionam com
líquidos, como lavadoras, cafeteiras e outros, têm restrições de quais
componentes podem entrar ou não em contato com a água. Assim, é crucial que
esses utensílios sejam instalados em bancadas ou nichos livres de respingos. Atenção: sempre vale lembrar que não se deve nunca
tentar apagar um princípio de incêndio por causas elétricas com água. Em vez
disso, o mais recomendado é o extintor classe C ou, na ausência de um, e se
não for oferecer risco à integridade da pessoa, tentar abafar o fogo. 7. Faça o
aterramento do sistema O aterramento elétrico funciona como uma rota de
fuga para um excesso de eletricidade, como em um pico de energia. O fio terra
direciona essa corrente extra para a terra, resguardando tanto pessoas e
animais quanto equipamentos elétricos de descargas como os raios. O uso do fio terra é obrigatório desde 2006,
segundo a lei n° 11.337. É por esse motivo que os novos padrões de
tomada contam com três pinos, em vez dos anteriores mais comuns com dois.
Portanto, é fora de questão retirar ou de alguma maneira danificar algum dos
pinos, sob justificativa de encaixar em uma tomada de padrão antigo: prefira
usar adaptadores ou fazer a troca da tomada. Um cuidado adicional a indicar para dias de
temporal é retirar os aparelhos das tomadas, de forma a impossibilitar por
completo as queimas por descargas atmosféricas ou falhas de energia. Caso um acidente ocorra, o primeiro passo é
desligar a energia de todo o espaço, sem jamais tentar puxar a vítima para
longe dos fios elétricos, pois há risco de choque por aproximação,
especialmente quando se trata de redes de distribuição. Se você não se sentir
seguro para prestar socorro, o melhor é chamar uma ambulância e o Corpo de
Bombeiros. Nunca é demais afirmar a importância de um bom
projeto elétrico e de iluminação. Afinal, munido de boas práticas e
especificações que visem qualidade muito acima de preços, os riscos de
acidentes são minimizados. Gostou das nossas 7 dicas sobre como evitar
acidentes com instalação elétrica? Quais delas você ainda não tinha pensado e
quais já pratica? Conte para a gente nos
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