ARTIGO CIENTÍFICO

 

O artigo científico é um trabalho de teor científico produzido por um ou mais autores sobre determinado tema.

Geralmente, ele é publicado em algum veículo científico como revistas, plataformas de estudos, anais de congressos etc.

Ainda que alguns utilizem o termo artigo acadêmico como sinônimo, na verdade esse é um artigo escrito por alguém que possui algum vínculo acadêmico (faculdade, universidade, centros educacionais etc.).

A ESTRUTURA DO ARTIGO CIENTÍFICO

Segundo as Normas da ABNT, a estrutura de um artigo científico é composta pelas seguintes partes:

1. Elementos pré-textuais

Recebem esse nome pois são elementos que aparecem antes do corpo do texto. São eles:

Título e subtítulo (se houver): o título deve estar centralizado e se houver subtítulo deve estar separado por dois pontos.

 

Nome(s) do(s) autor(es): abaixo do título do artigo, aparece o nome(s) do(s) autor(es). Ele deve estar alinhado à direita e se houver mais autores os nomes são separados por ponto e vírgula. Junto à isso, adiciona-se um asterisco que leva a uma nota de rodapé com um mini currículo do autor.

 

Resumo na língua vernácula[1]: escrito em um parágrafo, geralmente contém até 150 palavras (pode conter até 500 palavras em alguns casos) e deve ser apresentado com o espaçamento simples.

 

Palavras-chave na língua vernácula: 3 palavras-chave no mínimo devem ser utilizadas. Elas representam alguns termos que se destacam na pesquisa.

 

Exemplo:

A dissipação de calor por efeito Joule: corrente elétrica; energia elétrica; efeito joule.

 

RESUMO

A Lei de Joule relaciona a corrente elétrica que percorre um fio condutor e o calor gerado desta ação. O funcionamento de aparelhos elétricos tem como base a Lei de Joule. Como exemplos podemos citar o ferro de passar roupas, forno elétrico, secador de cabelo, chapinha, aquecedor, aparelhos de solda elétrica, entre outros.

A passagem da corrente elétrica aquece o fio condutor. O choque das cargas elétricas provoca a vibração dos núcleos dos átomos de condutores. Quanto mais intensa for a vibração dos átomos, mas elevada será a temperatura do fio condutor. Este é o chamado Efeito Joule – a conversão da energia elétrica em energia térmica.

Quando acendemos uma lâmpada incandescente convencional a corrente elétrica passa através do filamento enrolado em metal de tungstênio, no interior do bulbo de vidro. A energia elétrica esquenta o filamento irradiando luz. O mesmo acontece com aparelhos elétricos como fornos e churrasqueiras. Neste caso, a energia elétrica é transformada em energia térmica.

Fusíveis, presentes em veículos e em vários aparelhos elétricos, funcionam com base no efeito joule. O ponto de fusão do filamento metálico do fusível é baixo. Isto permite a interrupção da corrente elétrica quando esta ultrapassa determinado limite. O calor excessivo funde o filamento e corta a corrente elétrica. Por isso, é importante utilizar condutores bem calibrados para a suportar a carga de corrente elétrica, evitando, assim, curto-circuito. Instalações elétricas devem ser feitas por profissionais habilitados e experientes

Palavras-chave

Palavras-chave: corrente elétrica; energia elétrica; efeito joule.

2. Elementos textuais

 

Representa o corpo do texto propriamente dito e está dividido em três partes:

Introdução: a introdução é a parte inicial que apresenta o tema, a abordagem, a metodologia e os objetivos da pesquisa.

 

Desenvolvimento: essa é a maior parte do artigo em que é explorada a fundamentação teórica do trabalho e a metodologia. Ou seja, a consistência dada pela argumentação está no desenvolvimento. Importante notar que os tópicos podem ser divididos e conter algumas seções.

 

Conclusão: de maneira sucinta, a conclusão de um artigo científico deve apresentar algumas conclusões sobre o tema, ou mesmo, levantar possíveis hipóteses.

 

3. Elementos pós-textuais

Esses são elementos que surgem no final do texto científico e somente o primeiro deles é obrigatório:

Referências:(obrigatório) as referências bibliográficas são fundamentais e devem estar nas normas da ABNT que basicamente seguem o padrão: autor(es), título, edição, local, editora e data.

 

Exemplo:

Boylestad, Robert L. – Introdução à Análise de Circuitos – Prentice Hall/Pearson, 10ª. Ed, 2004

 

Nilsson, James W, Susan A. Riedel – Circuitos Elétricos – Prentice Hall/Pearson, 8ª. Ed, 2008

 

Glossário (opcional): trata-se de uma lista apresentada em ordem alfabética com definições de palavras ou expressões que foram utilizadas no texto.

Apêndice (opcional): texto ou documento escrito pelo próprio autor do texto para complementar sua argumentação, por exemplo, uma entrevista, um questionário que foi utilizado na pesquisa, um relatório etc.

Anexo (opcional): diferente do apêndice, o anexo é um texto ou documento anexado no final da pesquisa que não pertence ao próprio autor, por exemplo, leis, imagens, gráficos etc.

Saiba mais sobre as Normas da ABNT: regras de formatação para trabalhos acadêmicos

Importante

Importante lembrar que a estrutura de um artigo científico pode variar de acordo com o veículo ou instituição e, por isso, as normas devem ser sempre consultadas antes de iniciar a edição para o envio. Um exemplo disso são os resumo e palavras-chave em língua estrangeira que, em alguns casos, são obrigatórios.

Tipos de artigos científicos

Dependendo do foco da pesquisa e do tipo de metodologia utilizada, os artigos científicos apresentam dois tipos básicos:

1. Artigos originais: apresentam um conteúdo inédito sobre o tema.

2. Artigos de revisão: são os tipos mais comuns de artigos, onde o(s) autor(es) faz análises, críticas ou questionamentos acerca de teorias que já existem sobre o tema.

Referências Bibliográficas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 6022:2003)

Leia mais sobre o Texto de Divulgação Científica

 



[1] Vernáculo é o nome que se dá ao idioma próprio de um país, de uma nação ou região; é a língua nacional, no nosso caso, a Língua Portuguesa.